Um ano que valeu a pena.

Faltam 19 pra que os 365 dias de 2013 se completem, e eu não preciso esperar o ano acabar pra perceber quanta coisa mudou lá fora e também aqui dentro. 

Pela primeira vez em anos eu posso dizer que amo a cidade onde vivo e que não sinto falta de nada. Sinto falta das pessoas é claro, dos amigos de longa data e alguns familiares muito chegados, mas estaria mentindo se dissesse que não fiz ótimos amigos e formei uma família completamente especial, de amigos mais chegados que irmãos.

Fiz 18 anos, tão esperados, só que isso não mudou muita coisa. Percebi que essa história de crescer, ficar mais velho, se tornar um adulto é muito superestimado. Ser legalmente adulta não mudou muita coisa na minha vida, e pra quem tinha grandes expectativas isso meio que chateia, confesso.

Já logo no inicio do ano mudei muitos planos, virei algumas coisas do avesso e outras eu já deixei de lado mesmo. Tirei da cabeça a ideia de ir pra longe, morar sozinha e curtir a liberdade. Decidi que a minha liberdade seria fazer uma escolha diferente do esperado e aprender a conviver com as surpresas que a vida já me trouxe, e me traz a cada dia.

Com os dias e meses que foram se passando aprendi muita coisa, vivenciei muita coisa. Já chorei um pequeno infinito de lágrimas, porque depois da minha mãe eu sou a pessoa mais chorona que existe nesse mundo. Mas pra cada lágrima derramada dei dez risadas – lei da compensação. Descobri que tenho uma qualidade que é também um péssimo defeito: acredito no melhor das pessoas.

Esse ano também me trouxe coisas novas: uma faculdade, um curso, um trabalho voluntário, algumas amizades e um relacionamento amoroso. E no fim das contas o ano terminará, acredito eu, com uma cota positiva, como um ano que valeu a pena. Apesar de pequenas decepções e alguns desentendimentos aqui e ali eu só tenho a agradecer, afinal recebi surpresas maravilhosas esse ano, aprendi muito, cresci bastante, e aos poucos estou aprendendo a mudar o que é necessário.