Turistando #5: Nordeste

26 abril 2022 Nenhum comentário

Por anos meus pais falavam de ir visitar meus tios que moram em Recife, e depois de muitas promessas a viagem finalmente saiu, e ainda foi de carro! 5 pessoas, um carro 1.0, mais de 2 mil kilômetros e 3 dias de viagem, para ir e para voltar, mas vencemos e chegamos de Petrópolis a Recife. Uma aventura e tanto, com muita experiência e história pra contar.


Meus tios foram guias turísticos incríveis, e a gente por conta própria também se aventurou bastante, então conhecemos bastante lugares: Recife/PE, Olinda/PE, Porto de Galinhas/PE, Praia dos Carneiros/PE, Tibau do Sul/RN, Praia de Coqueitinho/PB, sem citar os locais onde fizemos nossas paradas para dormir e comer. Ao todo cruzamos 8 estados.


O melhor caminho, pra quem parte do Rio é a BR-101, cuja a estrada está passando por obras e melhorias, mas mesmo assim faz a viagem render bem pela qualidade em que se encontra. O Nordeste é simplesmente lindo, e a vontade de voltar já está instalada desde o dia 23 de janeiro quando saímos de Recife rumo a Petrópolis.



Um passeio que vale super a pena é conhecer Porto de Galinhas e as piscinas naturais. O momento ideal para conhecer as piscinas é durante a maré baixa, então é bom ficar atento em qual será o horário ideal, já que a maré baixa entre a parte da manhã e a parte da tarde a cada semana. Fomos conhecer as piscinas pelo passeio de jangada, que saiu por 40 reais por pessoa, mas pra quem quiser economizar também tem como ir a pé, mas precisa chegar cedo pra se cadastrar, pois é limitado a 200 pessoas.


Outro lugar que valeu muito a pena conhecer foi Tibau do Sul/RN, onde ficam praias bem conhecidas e faladas, como a Praia de Pipa. Mas o encanto dessa vez foi pela Praia dos Golfinhos, que tem o acesso pela areia, a partir da Praia de Pipa ou da Praia do Madeiro, e é simplesmente paradisíaca! A praia tem esse nomeporque é possível avistar golfinhos se fizer o passeio de caiaque (e aqui ficou um motivo pra voltar!).


Além da Praia dos Golfinhos também fomos conhecer a Praia do Amor, que é bem propícia pra quem curte surfar, pois as ondas são bem fortes.


Em várias cidades que fomos do Nordeste encontramos essas plaquinhas diferenciadas, com mensagens otimistas, engraçadas ou até chamadas de atenção sobre questões importantes como lixo na praia. Gostei muito do trabalho do Rafa Santos, e na próxima ida a Pipa vou trazer algo pra mim de recordação!

Também conhecemos um pedaço da Paraíba, ao passar um dia na Praia de Coqueirinho, que é simplesmente linda demais, e assistir o pôr do sol na Praia do Jacaré, ao som de um saxofonista, porque aquele pôr do sol é realmente espetáculo que merece tal acompanhamento!


Por último, mas não menos importante, também foi incrível conhecer Olinda, com sua vista panorâmica da cidade de Recife, sua feirinha de artesanatos e uma arquiterua histórica que deu vontade de sair fotografando tudo quanto é prédio que eu via pela frente haha.


Por fim, outra coisa que eu morro de saudade diariamente do Nordeste é da culinária, e do tanto de comida gostosa que eu experimentei por lá.





Epidemiologia é para os curiosos

25 maio 2021 Nenhum comentário

Daqui 7 dias eu defendo minha dissertação do mestrado e ontem me lembrei de que, quando comecei a pós graduação, me perguntaram por que eu tinha escolhido a especialização de Epidemiologia Ambiental. Na minha turma de mestrado eu era a ÚNICA aluna dessa área.

Na época eu respondi que era porque eu gostava, óbvio. Além de já ser a área na qual eu trabalhava desde 2015, então juntei o útil ao agradável. Mas parando para refletir melhor nesse assunto percebi que, apesar de ser bem complexa, a epidemiologia é em sua essência a especialização que define tudo que me trouxe até aqui: a curiosidade.

A definição de epidemiologia é: o estudo das doenças. Porque elas ocorrem. Quais os fatores que influenciam, ou podem ter influenciado, para que alguém desenvolva determinada doença. Logo, a epidemiologia é a especialização dos curiosos, aqueles que vivem perguntando o porquê de tudo. E eu, desde de criança, sempre fui curiosa e para mim “porque sim” e “porque não” nunca colou.

Um dos motivos para escolher a biologia como formação foi justamente querer entender melhor os processos da vida. Não é à toa que escolhi Upside Down, do Jack Johnson, como a música para tocar enquanto eu pegava o diploma de formatura do ensino médio, já que ela fala sobre curiosidade e descobrir coisas impossíveis. Eu só não sabia, na época, que isso também seria o encaixe perfeito para minha formação no mestrado, 8 anos depois.

Em plena época de pandemia eu vejo ainda mais a importância e o valor da minha formação, pois é a epidemiologia que estuda e descobre como as doenças ocorrem e funcionam, e então mostra o caminho a ser seguido para lidar com elas.

Viva a curiosidade! 
Viva a epidemiologia!
E rumo a estudar coisas novas e descobrir o impossível!

“Não há limites para a curiosidade
Eu quero virar a coisa toda de cabeça para baixo
Eu vou encontrar as coisas que eles dizem que não podem ser encontradas”
Upside Down – Jack Johnson

Turistando #4: Paraty/RJ

27 janeiro 2021 Nenhum comentário

 Um lugar do Rio de Janeiro que eu sempre tive vontade de conhecer era Paraty, porque sempre ouvi falar que era muito bonito e eu amo praia. E olha, estavam todos certos! A cidade é uma gracinha, com o centro histórico todo colorido e aconchegante, e por ser uma cidade pequena tudo é perto. Ficamos hospedados em uma pousada e de lá conseguimos ir a pé para o centro, que ficava a 1,2km e dava 30 minutos de caminhada leve, e para uma das praias, que ficava a 10 minutos de caminhada. Só tiramos o carro da pousada mesmo o dia que fomos para Trindade, que fica a 30km do centro de Paraty.


Nós ficamos apenas 4 dias na cidade, mas como planejamos bem deu tempo de fazer bastante coisa! No primeiro dia chegamos no meio da tarde e conhecemos o centro histórico e comercial, que fica tudo na avenida principal. E já aproveitamos pra fechar um passeio de barco pro dia seguinte.


O passeio de barco leva o dia inteiro. Saiu à 50 reais por pessoa, com duração média de 5h e faz cinco paradas: 3 praias e 2 paradas para mergulho, sendo que uma dessas de mergulho é na chamada Lagoa Azul, um local CHEIO de peixes e incrivelmente lindo! A alimentação também não achei caro, e fiquem atentos: alguns barcos tem música ao vivo e por isso cobram taxa pelo cover. Com alimentação + cover + serviço pagamos menos de 100 reais pra duas pessoas.


A paisagem ao longo do passeio de barco é sempre deslumbrante, e é possível conhecer vários locais históricos ou importantes de alguma forma. Aos fãs de Crepúsculo: vocês sabiam que a Ilha de Esme, onde Bella e Edward passam a lua de mel fica em Paraty?! Imagem o meu surto quando o guia anunciou isso... hahaha



Ilha de Esme



No terceiro dia fomos para Trindade e passamos o dia lá. Conhecemos a praia do meio, a praia do Cachadaço e a Piscina Natural do Cachadaço, que são todas interligadas. Estacionamos o carro em um estacionamento na rua principal, onde os preços variam entre 10 e 20 reais para ficar estacionado até as 17h, e de lá pegamos a trilha que saia na Praia do Meio, porque a verdade é que tem várias trilhas que saem em diferentes lugares.

Dessa praia fizemos a trilha para atravessar para a Praia do Cachadaço, que dá de 10 a 15 minutos de caminhada, dependendo do seu ritmo, e conta com uma vista linda demais, porque a gente vai do alto beirando o mar! Da Praia do Cachadaço a gente consegue avistar onde a fica a Piscina Natural, que é toda cercada por pedras e com isso acaba formando (dã) uma piscina super tranquila e cheia de peixes, e a trilha pra chegar até ela leva mais uns 20 minutos, em média.

Não tem erro sobre como chegar em nenhuma das praias, ou na piscina, ou na Pedra que Engole (que não conhecemos), porque todo o trajeto é bem sinalizado, indicando pra onde está cada local e à qual distância ele se encontra. Quando voltamos para a rua principal paramos pra almoçar antes de ir embora, e a comida estava deliciosa! Os restaurantes em Trindade trabalham no esquema de prato feito, cujo o valor varias entre 25 e 40 reais dependendo da opção que você escolher; ou então com porções a la carte que servem 2 ou mais pessoas, e têm preço médio a partir de 70 reais, de acordo com o restaurante onde almoçamos.

O caminho até Trindade passa uma ladeira, que o pessoal de lá chama de Ladeira do Deus Me Livre, porque é bastante íngreme, mas nada impossível ou difícil demais, ainda mais pra quem mora em Petrópolis e precisa subir e descer ladeira pra ir a qualquer lugar da cidade 💁 Mas não é muito adequado pegar o caminho debaixo de chuva forte, pois em um determinado ponto é preciso passar por cima de uma pedra, e se a chuva for muito forte ela pode alagar e impedir que o carro passe!




Por fim, no nosso último dia, antes de fazer o check-out na pousada, nós fomos conhecer a Praia do Jabaquara, que fica próxima da pousada onde nos hospedamos, e é conhecida por ser onde ocorre a prática de esportes como canoagem e stand-up, porque não importa o quanto você ande pra dentro do mar a altura da água não passa de 90cm. Isso acaba tornando a praia bastante segura para a realização dessas atividades, já que ela acaba não sendo tão interessante para banho igual geralmente estamos acostumados.


As praias de Paraty não são muito adequadas pra ficar muito tempo porque as faixas de areia são muito curtas, pelo menos foi essa a impressão que tive já que estou mais acostumada às praias da região do Lago, que são bastante espaçosas nesse quesito. Por fim a experiência em Paraty foi super positiva, e eu mal vejo a hora de voltar, porque além das praias a cidade tem vários outros passeios ao ar livre, como ilhas e cachoeiras e como o tempo foi curto ainda ficou muita coisa pra se conhecer!


Por fim fiquem com esse vídeo curtinho que montei com algumas imagens que fizemos por lá, para registrar a viagem.




 
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